quarta-feira, 28 de abril de 2010

A dor do amor!


Hoje eu me peguei amando... Sofrendo pelo amor eu diria!

Ah, que dor ordinária! Pensei que de mim já tivesse partido, nem mais no meu pensamento estava.

Planos foram feitos, juras de amor, laços com a família... O coração se sente dono. Nós, mortais, somos egoístas, queremos ter para sempre, somente conosco, o que foi nosso dia. Entendes que tudo acaba, e que infelizmente, o amor não pode ser sentido por uma única pessoa...

Ah coração burro! Eu já tentei explicar que não vale a pena, conversas noite a dentro, dias intermináveis de sofrimento.

De fato, não queria ter esse sentimento, de tudo já fiz para esquecer, mas não me larga! De onde começar então? Nos vemos diariamente, o que dificulta ainda mais... Vida cruel!

Sei que um dia vou rir, achar graça... E porque não vens longo dia feliz? Enche meu peito, e faz todo esse sofrimento ser enterrado, dando espaço a minha felicidade, ao meu sorriso, ao meu tempo...





DESPEDIDA


"Existem duas dores de amor:A primeira é quando a relação termina e a gente,seguindo amando, tem que se acostumar com a ausência do outro, com a sensação de perda, de rejeição e com a falta de perspectiva,já que ainda estamos tão embrulhados na dorque não conseguimos ver luz no fim do túnel.A segunda dor é quando começamos a vislumbrar a luz no fim do túnel.A mais dilacerante é a dor física da falta de beijos e abraços,a dor de virar desimportante para o ser amado.Mas, quando esta dor passa, começamos um outro ritual de despedida:a dor de abandonar o amor que sentíamos. A dor de esvaziar o coração, de remover a saudade, de ficar livre, sem sentimento especial por aquela pessoa. Dói também…Na verdade, ficamos apegados ao amor tanto quanto à pessoa que o gerou. Muitas pessoas reclamam por não conseguir se desprender de alguém.É que, sem se darem conta, não querem se desprender.Aquele amor, mesmo não retribuído, tornou-se um souvenir, lembrança de uma época bonita que foi vivida…Passou a ser um bem de valor inestimável, é uma sensação à qual a gente se apega. Faz parte de nós. Queremos, logicamente, voltar a ser alegres e disponíveis, mas para isso é preciso abrir mão de algo que nos foi caro por muito tempo,que de certa maneira entranhou-se na gente, e que só com muito esforço é possível alforriar.É uma dor mais amena, quase imperceptível. Talvez, por isso, costuma durar mais do que a ‘dor-de-cotovelo’propriamente dita. É uma dor que nos confunde. Parece ser aquela mesma dor primeira, mas já é outra. A pessoa que nos deixou já não nos interessa mais, mas interessa o amor que sentíamos por ela, aquele amor que nos justificava como seres humanos, que nos colocava dentro das estatísticas: “Eu amo, logo existo”.Despedir-se de um amor é despedir-se de si mesmo. É o arremate de uma história que terminou, externamente, sem nossa concordância,mas que precisa também sair de dentro da gente… E só então a gente poderá amar, de novo."


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